segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Será o inferno?


SERÁ O INFERNO?

Agarrar-se à sepultura, despida de promoção e emoção, para decepar o coração.

Orgulhar-se de aparências;
Antagonizar ao redigir;
Fugir, se precisar, redimindo – se a repugna;
Sintetizar a humanidade acalentada, falsamente declamada, exaltada na finalização do ser.

Premeditar o encontro;
Socorrido pelo conto;
Envolver-se no ameno;
Divulgar comercializando do amor ao ser, sem recorrer a dor.

Assassinar o intelecto;
Esfaquear o interior;
Simular o enfraquecimento;
Rolar lágrimas ao mortificar o valor que lhe foi entregue.

Valorizar esteticamente o almejo do ensejo, do porém ao entretanto.

Inferno sagaz, soterrado, pisoteado;
Infecto maternal de ternura angelical.

Enternece o amor;
Adora a dor.

Memoriza o conhecer para nunca esquecer;
Pessimismo vulgar dos fragmentos permanentes;
Símbolos concretos do passado irrequieto;
Ideais personificados ao concatenar pensamentos.

Profissionaliza a mente!

Isabel Moura




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