terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Tunel do tempo



Quantas vidas se vive nesta nossa mesma vida?
Já vivi muitas vidas e meus ombros carregam peso de séculos.
Quantas mais terei que viver,sofrer,morrer,renascer?
Será que terei ainda alguma alegria sincera ou momentos felizes,fugazes,inesperados?
Preciso de um pouco de esperança para prosseguir sem rancor.
Sonhos,não os tenho mais. Só quero viver em paz.

domingo, 22 de dezembro de 2013

Crônica de Natal



Crônica de Natal



Nesta época do ano, dezembro após dezembro as pessoas parecem que entram em uma espécie de transe onde tudo que importa é correr para os shoppings e comprar tudo o que puderem para dar de lembrança aos seus familiares,amigos, colegas de trabalho,etc...
Alguns, mesmo endividados ,usam o que lhes resta de crédito ou o dinheiro do décimo terceiro para estas compras impostas pela nossa sociedade consumista e inconsequente.jesus bebê 01
Ando cansada de ver as pessoas nas ruas carregando sacolas, estressadas mas parecendo satisfeitas por terem cumprido o seu papel no Natal.
O que é celebrado no Natal, o nascimento de Jesus Cristo,foi transformado em um mega evento onde gastos não são poupados enquanto pessoas morrem todos os dia nas filas do SUS.
O mais absurdo de tudo é que Jesus não dava a mínima para luxo e riqueza,levou a vida inteira pregando liberdade,fraternidade,paz e justiça social.
Acho que reunir a família na noite de Natal para uma ceia simples e fazer uma oração para que a humanidade siga os ensinamentos de Jesus Cristo seria o suficiente para celebrar o nascimento de alguém tão avesso as futilidades humanas.
Em meio a tantas notícias ruins que ouvimos todos os dias eu não sei o que as pessoas tem tanto para comemorar.
Quem tem dinheiro pode mais e quem não tem pode menos ou quase nada e o comércio está disposto a sugar todo o potencial financeiro de cada um.
Depois do Natal só resta um vazio no bolso para aqueles que gastaram mais do que podiam e não celebraram o nascimento de Jesus com sentimentos verdadeiros de paz e fraternidade no coração.

Isabel Moura







quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ele e Ela










Ele e Ela

Ele tragou a fumaça do cigarro barato,bebeu mais um gole de cerveja quente enquanto as lágrimas escorriam de seus olhos e, já bêbado, assistia ao DVD da Sade Abdul, repetir pela enésima vez a música que ela mais gostava.
O homem moreno, alto e forte permitiu que a dor da saudade invadisse a sua alma torturada.
Quando ela era sua e dedicava-lhe todo amor sincero ele não soube respeitar.
Era jovem,mais novo do que ela,uma mulher madura. Deitou-se com várias outras para satisfazer sua libido intensa.
Ela abdicou de estar com sua família para ficar com ele e enfrentaram juntos vários problemas.
Ela , uma mulher de fibra e apaixonada possuidora de grandes olhos negros e tristes.
A tez clara e macia enroscava-se perfeitamente em sua pele morena na hora do gozo sincero.
Ela partiu em uma tarde de domingo chuvoso.
      • Não me deixe aqui sozinho...- Ele disse.
      • Eu não posso suportar mais esta dor!- Ela disse decidida após mais uma de suas traições.
Ela foi morar em outra cidade.
Falavam-se por telefone e ela temia retornar antes que ele estivesse pronto para o amor.
Ele conheceu uma garota e logo um filho nasceu deste relacionamento.
Ela soube e nada fez para impedir.
Passaram-se alguns anos e o acaso providenciou um novo encontro.
Ele corria na praia quando ela surgiu caminhando na areia como que por encanto!
Os olhos se olharam e os corpos se aproximaram. Abraços e beijos mil...
Ela passava férias na cidade. Ele prometeu que se separaria da nova mulher e ficariam juntos novamente. Ela concordou.
Ele retornou para casa decidido a romper com a mulher. Esta ameaçou,praguejou e disse que ele não veria mais o filho de 3 anos , o qual amava com fervor!
Ele fraquejou. Pensou no filho...
Ela sumiu e nunca mais voltou e ele agora chora de saudades todas as tardes de domingos cinzentos embalado ao som da Sade.

Isabel Moura






O que somos afinal?





O que somos afinal?

Dia destes, recebi um e-mail intitulado : A nossa real dimensão.
Nele continham fotos fantásticas tiradas pelo telescópio Hubble dos planetas do nosso sistema solar ,algumas formações de nebulosas, galáxias, estrelas ,constelações, incluindo a Via Láctea, e o Sol, uma imensa bola amarela irradiando luz e vida para a Terra.
Comparada ao tamanho de outros planetas e de nossa estrela maior, o sol, a Terra nada mais é do que um microscópico pontinho no Universo.
Apesar de tão pequenina a terra é o único planeta de nosso sistema solar em que existe condições de vida. Pálido ponto azul
Compreendi então o quanto insignificante somos perante o Universo e como somos demasiadamente pretensiosos tentando controlar o mundo com nossa tosca inteligência.
Impossível achar que um Deus não exista e que fomos meramente abençoados com
Vida “ para satisfazermos apenas os desejos e necessidades da carne.
O que somos afinal? Seres com raciocínio e inteligência, na maioria individulistas em nossos propósitos? Seres frágeis um tanto piegas e hipócritas? Seres fortes e tantas vezes destemidos? Somos seres humanos e só percebemos o real sentido da palavra
Humanos” quando a dor nos aflige e a inteligência descobre, afinal, que temos uma Alma dentro de nós .
Um dos homens mais iluminados que já existiu em nosso planeta nos deixou esta mensagem:
Aquilo que é impenetrável para nós existe de fato. Por trás dos segredos da natureza há algo sutil,intangível e inexplicável.A veneração a essa força que está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião.” Albert Einstein.

Isabel Moura







terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Overtech da tecnofobia

Overtech da Tecnofobia

 Tenho saudades da  época onde tudo era menos complicado.
Não precisávamos competir o tempo todo para sermos os melhores.
Bastava existir para ser gente, e querer trabalhar para ter um emprego.
As pessoas tinham tempo para ter uma família e ser uma família.
Os pobres não eram tão pobres nem os ricos eram tão ricos.
O tempo tinha " tempo" para tudo e a natureza não precisava dos "ecochatos" do Greenpeace.
Escrever era preciso e os livros eram realmente lidos.
O mundo não era conectado,porém menos conturbado.
Vivíamos,lentos,porém menos tensos.
Para que tantos carros se um dia não teremos mais espaço para usá-los?
Para que tanta inovação tecnológica a cada segundo se não poderemos digeri-las em tempo suficiente até ela já se tornar obsoleta?
Somos robôs de um consumismo sem fim...Para que tanto se somos apenas "mortais"?

Isabel Moura


                         








 


terça-feira, 28 de setembro de 2010

Só areia e vento

Quem somos neste país ?
Somos pessoas ou "currais eleitorais" ?
Por que os políticos estão proliferando mais do que possamos suportá-los?
Chegou o momento de nos valorizar como cidadãos   e pagadores de altas taxas de impostos e fazer valer todos os nossos direitos de Patrões, pois somos nós que pagamos o salário destes que aí estão para nos servir e não para legislar em causa própria!
Meu voto é contra a corrupção, o mal uso do dinheiro público, a diminuição de cargos políticos e o aumento de verbas para : escolas, hospitais, estradas, saneamento básico.
Voto pela urgente diminuição da burocracia que só serve para dar muito dinheiro para os donos de  cartórios , favorecer a corrupção e impedir o crescimento do país .
   Será que algum político realmente conseguirá atingir os meus objetivos?
   A vida poderia ser bem mais simples se dependêssemos só de areia e vento para sobreviver  e não existisse nenhum político sob a face da terra!

Isabel Moura
   


                                                        

sexta-feira, 30 de abril de 2010

O Homem Cavalo

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                                            O Homem Cavalo


Há muito tempo atrás havia um cavalo negro.
Intocável em sua alma ele gostava de galopar sem rumo.
Um dia ele parou para beber água em um lago de águas cristalinas. A sua imagem refletiu na superfície do lago e o que ele viu foi apenas um rosto cansado em um corpo forte e negro.
Ele se perguntou: “ Por que eu tenho corrido tão rápido?” O que tenho buscado?”
De repente uma luz brilhante saiu do lago,começou a crescer e transformou-se em uma linda mulher de rosto pálido e longos cabelos escuros. Ela disse suavemente
   - Chegou a hora de decidir o teu destino! Você gostaria de ser um homem?

   - SIM! - disse o cavalo prontamente.

Então ela arremessou-lhe um flash de luz e ele obteve um corpo humano mas ainda manteve o rosto de um cavalo.
Ele tocou em seu rosto e disse:

   - Hei, Lady! Você não esqueceu de nada?

Ela sorriu e disse:

   - Não meu querido. Você tornou-se meio homem porque passou a questionar-se sobre o sentido da vida.

Você precisa manter a natureza selvagem de seu coração até descobrir o significado do verdadeiro amor.

Desde então a vida não foi fácil para o homem cavalo. Ele não podia viver como homem e nem como cavalo. A floresta era a sua morada e um bom lugar para se esconder.
Meses se passaram e em um dia de intensa nevasca  de inverno rigoroso ele estava catando alguns gravetos para fazer uma fogueira  e aquecer o seu corpo, quando ouviu um terrível grito vindo do lago. Ele correu o mais rápido que pode e encontrou uma velha senhora afogando-se  num buraco aberto da  água congelada. “ Oh meu Deus ela vai morrer!”- Ele pulou na água e retirou-a de lá. Ela já não respirava mais e enquanto ele tentava fazê-la respirar uma lágrima caiu de seus olhos e tocou o rosto da velha senhora.
De repente uma luz brilhante envolveu o corpo da velha senhora e em segundos ela transformou-se em uma linda mulher de rosto pálido e longos cabelos escuros.

   - Levante-se Homem Cavalo! - Ela ordenou- Agora é hora de transformá-lo em um homem de verdade.

Ela arremessou-lhe um flash de luz e ele obteve um rosto humano.

   - Vá e viva como um homem mas não esqueça de manter a natureza selvagem em seu coração puro mesmo estando entre eles!
FIM

Isabel Moura